sexta-feira, 22 de maio de 2009

Continuando Le Goff

"... quando se vê que certas orientações da concepção da história, a meu ver, essenciais, não penetraram de fato o território da história: história-problema, a história aberta para as outras ciências sociais, a história que não se encerra na narrativa."

(in História Nova, pag. 8)

Entendo que "a história aberta para as outras ciências" é um processo que pode ser acelerado pelos meios digitais. A colaboração em rede proporcionada pela internet, aceleram os processos de apropriação do conhecimento. As análises em cima da "história-problema" podem ganhar uma análise mais ampla se forem discutidas e fóruns. A problematização de questões "micro" podem ajudar a dar um panorama mais amplo a cerca de fatos históricos antes ignorados.

É o caso da "História Marginal", de Jean-Claude Schimitt. Seu ensaio de mesmo título incluso em "História Nova" trata das minucias de uma parcela da sociedade que compõe o todo, mas, na maioria dos estudos históricos deixa de ter voz. Em tempos de internet, toda história está registra e é válida. Para o historiador, articular com outras ciências é um processo mais rico, embora mais demorado, mas que produz um resultado muito mais substancioso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário